Roduchamp

Rodrigo “Rodo” Ramos ao se deparar com uma roda de bicicleta jogada na rua lembrou da obra “ready made” de Marcel Duchamp (1913) e pensou que era tempo de reinventar a roda. Achou um banco jogado na rua também e remontou a obra. Passou a utilizá-la em performances sonoras, utilizando microfones de contato no aparato o transformou em um instrumento musical nas performances do R.I.S.C.O (Reunião Inusitada de Som, Computadores e Outros).

Para sua primeira exposição solo, “À Deriva Sonora” (realizada no O Sítio – Arte e Tecnologia), o artista com a colaboração do grupo Ateliê Digital do O Sítio (João Aires, Felipe Mesquita, Bruno Castilho e Isis Machado Silva), transformou a “Roda da Bicicleta” numa interface audiovisual.
Ao girar a roda se controla a rotação dos rotoreliefs feitos por Marcel Duchamp para o
filme “Anémic Cinema” (1926) e controla a espacialização da paisagem sonora que Rodrigo Ramos criou para a escultura, como controla um piano em Dó Menor em escala de blues.

Roda de Bicicleta (1913)

Em 1913 o dadaísta francês Marcel Duchamp revoluciona as artes ao apresentar sua escultura “Roda de Bicicleta” dando início ao “ready made”, a forma mais radical do seu fazer artístico batizado por ele como “objet trouvé”, a arte encontrada.

Anémic Cinema (1926)

Anémic Cinema é um filme experimental do artista Marcel Duchamp, sob o pseudônimo de Rrose Sélavy, feito em 1926, em colaboração com Man Ray. É o único filme dadaísta do diretor.

“As imagens mostram discos rotativos em cortes rápidos e abstratos, espirais hipnóticas que evoluem para formas tridimensionais e placas com mensagens escritas.”